jueves, 20 de junio de 2019

Trump pede ao eleitorado que se rebele contra a “esquerda radical” nas eleições de 2020 | Internacional | EL PAÍS Brasil

Trump pede ao eleitorado que se rebele contra a “esquerda radical” nas eleições de 2020 | Internacional | EL PAÍS Brasil

Trump pede ao eleitorado que se rebele contra a “esquerda radical” nas eleições de 2020

Presidente lança campanha à reeleição em tom revanchista, e acusa os democratas de promoverem investigações injustas

trump
Donald Trump durante a apresentação da sua campanha.  REUTERS
Donald Trump lançou na noite desta terça-feira sua campanha à reeleição em 2020, pedindo o voto contra a “esquerda radical” e resgatando desejos e fantasmas da campanha anterior, incluindo Hillary Clinton, que está fora da equação. Rodeado por milhares de admiradores num pavilhão de Orlando, o republicano gabou-se do bom ritmo da economia, mas os medos mobilizam mais que as satisfações, então atacou duramente a imigração ilegal. Também acusou os democratas de não terem aceito sua vitória em 2016 e de terem provocado todas as investigações que se abatem sobre sua figura. O republicano é o ganhador que luta para manter o título, mas conseguiu que a disputa soasse como uma revanche. “A única coisa estes políticos corruptos entenderão é um terremoto nas urnas”, clamou. Na rua, outras placas tectônicas se moviam: membros do grupo de ultradireita Proud Boys (meninos orgulhosos) trocavam desaforos com manifestantes anti-Trump.
Às 17h, a fila no lugar impressionava. Percorria vários quarteirões, sugerindo que alguns ficariam de fora do ginásio – com capacidade para 20.000 pessoas – e acompanhariam o espetáculo pelos telões instalados nos jardins externos. Ao final, entretanto, quase todos conseguiram entrar, e do lado de fora a animação morreu assim que começou a chover. “Está vendo esta fila de gente esperando para entrar? As pessoas não gostam que passem na sua frente, e isso é o que está acontecendo com a imigração. Meus avós chegaram aqui fazendo toda a papelada”, dizia, perto da entrada, o trumpista Juan Chacón, de 38 anos, nascido em Los Angeles e de origem mexicana.
Não é tão exótico quanto parece encontrar um neto de imigrantes com nome hispânico num comício do republicano, porque os comícios são justamente esse momento em que sempre aparece alguém com um cartaz de “Hispânicos por Trump”, “Veteranos por Trump”, “Afro-Americanos por Trump”, “Mulheres por Trump”, “LGBTs por Trump”. Nesta terça-feira, só faltava o de “Democratas por Trump”... Qualquer um que fosse perguntado sobre as razões para votar novamente no magnata respondia que em primeiro lugar estava a geração de empregos. Depois, algo mais intangível: “É um grande presidente” ou “Este país estava muito mal antes”. O que isso quer dizer exatamente? E então costuma aparecer a imigração.


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