Curto-circuito político faz da economia o calcanhar de Aquiles de Bolsonaro
Dificuldade de reverter o quadro é atribuída a vários fatores. Contas públicas no vermelho e contenção de gastos impedem que Governo impulsione a atividade econômica, como aconteceu em outras crises
São Paulo
Presidente Jair Bolsonaro, no dia 19 de março, em visita aos Estados Unidos. BRENDAN SMIALOWSKI AFP
O Brasil tem acumulado mais faíscas do que consensos no caminho para sua reforma da Previdência, apontada pelo próprio ministro Paulo Guedes como fundamental para retomar o fôlego perdido da economia. Se a prisão do ex-presidente Michel Temer gerou um desconforto geral sobre os efeitos da detenção no Congresso, nesta sexta, 22, foi a vez do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, expor o incômodo com a falta de coordenação do Governo Bolsonaro para colocar a bola em campo. Maia afirmou a alguns jornais que vai deixar a tarefa de formar maioria no Congresso para votar a Previdência e esperará que o presidente e seus ministros assumam a função. Só então ele vai pautar a reforma, quando Bolsonaro entender que já tem votos para passá-la. Depois, apareceu no Jornal Nacional, da TV, dizendo que "Bolsonaro precisa ter mais tempo pra cuidar da Previdência e menos tempo cuidando do Twitter, porque, se não, a reforma não vai andar." Do Chile, o presidente havia afirmado que pretende conversar com o presidente da Câmara, já que "não deu motivo" para Maia deixar a articulação.
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