EUA qualificam Guarda Revolucionária do Irã como “grupo terrorista”
É a primeira vez que uma força militar nacional estrangeira merece esse qualificativo.
Isso transformaria em “patrocinador do terrorismo” qualquer um que negocie com ela
Washington
A Guarda Revolucionária do Irã em um desfile de 2016. EBRAHIM NOROOZI AP
Donald Trump anunciou nesta segunda-feira que os Estados Unidos declararão a Guarda Revolucionária do Irã, o corpo militar de elite do país, como “organização terrorista estrangeira”, em uma ação que busca elevar a pressão sobre o regime de Teerã. Trata-se da primeira vez que os EUA qualificam “uma parte de um Governo estrangeiro” como organização terrorista, como aponta a própria Casa Branca em nota.
“Este passo sem precedentes dado pelo Departamento de Estado reconhece a realidade de que o Irã é não só um Estado patrocinador do terrorismo, como também que a Guarda Revolucionária participa ativamente, financia e promove o terrorismo como uma ferramenta política”, diz o comunicado. O secretário de Estado Mike Pompeo esteve por trás dessa mudança na política norte-americana, que representa um passo adiante na recente escalada em sua retórica contra o Irã.
A Administração Trump espera que a medida, que entrará em vigor em 16 de abril, contribuirá para o isolamento do Irã e para deixar claro que Washington não tolerará o apoio de Teerã a grupos que desestabilizem o Oriente Médio. A Guarda Revolucionária e o Parlamento iraniano advertiram aos EUA, segundo a Reuters, de que adotariam represálias se a medida for efetivada.
“Esta ação expande significativamente o alcance e a escala de nossa pressão máxima sobre o regime iraniano”, prossegue o comunicado da Casa Branca. “Deixa claros os riscos de prestar apoio ou realizar negócios com a Guarda Revolucionária. Se você fizer negócios com a Guarda Revolucionária, estará financiando o terrorismo.”
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