No Chile, a política repudia a figura de Pinochet e matiza seu legado econômico
Piñera já fez vários gestos de rejeição ao passado do regime que matou mais de 3.000 chilenos. O legado econômico da ditadura também é contestado pela sociedade que cobra Educação e Previdência com ajuda do Governo
Buenos Aires / São Paulo
Familiares de desaparecidos na ditadura chilena fazem protesto no último 22 de março. REUTERS
Nos arredores da Escola Militar, em Santiago, milhares de pessoas faziam fila para cruzar o portão de entrada. A cena foi impactante. A multidão não queria perder de vista o caixão que, envolto na bandeira do Chile, abrigava os restos mortais de Augusto Pinochet, o ditador que morreu aos 91 anos. Em 12 de dezembro de 2006, depois de dois dias de procissão, mais de 50.000 pessoas tinham desfilado diante do caixão. O corpo de Pinochet percorreu Santiago entre pétalas de rosas lançadas por seus seguidores e o desprezo de centenas de milhares de pessoas que ainda hoje consideram que a ditadura (1973-1990) foi o período mais obscuro da história do Chile.
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