lunes, 1 de abril de 2019

A fuga simbólica de Bolsonaro para Israel no 55º aniversário da ditadura brasileira | Opinião | EL PAÍS Brasil

A fuga simbólica de Bolsonaro para Israel no 55º aniversário da ditadura brasileira | Opinião | EL PAÍS Brasil

COLUNA 

A fuga simbólica de Bolsonaro para Israel no 55º aniversário da ditadura brasileira

Presidente deixou o país na data que defendeu celebrar, e brasileiros fiéis à democracia deixaram clara sua rejeição à ditadura em jornais, redes sociais e manifestações de rua

Uma manifestante segura uma placa contra a comemoração do 55º aniversário do golpe militar, no Rio de Janeiro.
Uma manifestante segura uma placa contra a comemoração do 55º aniversário do golpe militar, no Rio de Janeiro.  AFP
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, está se acostumando a atirar a pedra e esconder a mão. Desta vez, tendo deixado o país em uma data tão significativa como o 55º aniversário da ditadura, o capitão reformado escapou por inteiro. Ele fugiu para Israel em uma visita oficial.
Essa fuga chocou. Foi ele quem provocou polvorosa ao pedir que o aniversário de uma das datas mais sombrias da história do país, manchada de mortes, perseguições e torturas, como foi o golpe militar de 1964, fosse "comemorado” nos quartéis. Depois, em seu melhor estilo de dizer e se desdizer, de afirmar e desmentir a si mesmo, ele se conformou com que tal data fosse “rememorada”. Tudo menos condenar aqueles 21 anos de terror que lhe pareceram pouco, já que ele se queixara antes de que, em vez de torturar, não tivessem matado muito mais. O Governo ainda deixou que um vídeo em defesa do golpe fosse partilhado por whatsapp por um dos números do Planalto. Nele, um homem olha para a câmera e diz  que o Exército salvou o Brasil da ameaça comunista. A assessoria do Planalto disse a jornalistas que o vídeo não foi produzido pela Secretaria de Comunicação, mas não se pode disassociar do Governo a autorização para que ele fosse partilhado na data.

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