As cidades brasileiras perderam um de cada cinco médicos de saúde da família financiados pelo Governo Federal desde novembro de 2018, quando Cuba decidiu romper a cooperação com o programa Mais Médicos diante da eleição de Jair Bolsonaro. Na ocasião, 18.240 médicos atuavam no programa. Agora, são 14.298. Oficialmente, o Governo reconhece que há 757 vagas em aberto, em razão da desistência de profissionais, e que elas serão preenchidas com a reincorporação de cubanos que permaneceram no país após o fim do convênio, conforme o EL PAÍS adiantou no último sábado. No entanto, não entram na conta as 3.185 posições que foram fechadas definitivamente desde o final do Governo Temer por uma mudança no foco do programa pela gestão Bolsonaro, informa Beatriz Jucá.
O projeto Escola Sem Partido não vingou, por ora, como lei nacional. Mas em algumas cidades, o programa, que prega o fim de uma proposta de "doutrinação de esquerda" dentro dos centros de ensino, já é uma realidade na rotina de docentes. É o caso da professora de inglês Virginia Ferreira, de 58 anos, de Vinhedo, interior de São Paulo e berço do Movimento Brasil Livre (MBL). Ela sofreu um processo administrativo por falar sobre feminismo e violência contra as mulheres em sala de aula no ano passado.
Já na França, uma mutação ideológica toma corpo. O correspondente em Paris, Marc Bassets, conta que a extrema direita francesa abraçou a causa ambiental. Seus dirigentes alertam sobre a ameaça da mudança climática e se negam a ceder a bandeira para a esquerda. Invocam o chamado localismo: o consumo de produtos feitos localmente, a redução dos deslocamentos e o apego à terra.
Municípios perdem um quinto dos médicos financiados pelo Governo federal após saída de cubanos |
Cidades têm 3.942 médicos a menos atuando no programa do que em novembro de 2018, quando Cuba rompeu acordo. Déficit vem de vagas fechadas em cidades metropolitanas e desistência de substitutos |
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