“O hoje parece muito pior do que ontem” é o ditado do momento em Brasília. Às vésperas do Carnaval, a crise da segurança no Ceará, com o motim dos policiais militares e um senador alvejado, fecha uma semana marcada por ataques verbais do presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro. Em outros tempos, poderia se imaginar que o país estaria à beira de uma convulsão. Nos dias de hoje, contudo, a tendência é que esses fatos sejam esquecidos durante a farra carnavalesca —ou soterrados por desdobramentos ainda mais absurdos. Afonso Benites, de Brasília, conta que Bolsonaro decidiu enviar as Forças Armadas ao Ceará para lidar com a paralisação e aproveitou para voltar a defender anistia prévia para militares que matem durante operações.
Também nesta edição, reportagem de Breiller Pires disseca a estratégia do clã Bolsonaro para lidar publicamente com a morte do miliciano Adriano da Nóbrega, baleado pela polícia baiana. Se nos 13 meses em que o ex-capitão do Bope esteve foragido o senador Flávio Bolsonaro evitava falar no assunto, agora o primogênito e o próprio presidente fazem questão de defender publicamente o suspeito de liderar a milícia conhecida como Escritório do Crime. E mais: usam sua morte como pretexto para atacar opositores.
No esquenta para a festa mais popular do país, leia as dicas da youtuber Nath Finanças para economizar enquanto aproveita a folia. Em texto especial para o EL PAÍS, a estudante, que virou espécie de consciência financeira do Twitter, diz, que, se organizar direitinho, dá para levar comida, bebida e até gelo para os bloquinhos. "Dividir com os amigos fica muito mais barato e não fica pesado para ninguém", escreve. E excepcionalmente entre os dias 24 e 26 fevereiro —segunda e terça de Carnaval e quarta-feira de Cinzas— não enviaremos a newsletter diária. Mas voltamos à programação normal na próxima quinta, 27.
Conflito escala com disputa política sobre motim de PMs no Ceará e espiral de agressões
“O hoje parece muito pior que ontem” é o ditado do momento em Brasília. Bolsonaro autoriza envio de Forças Armadas ao Estado e volta a defender isenção de culpa para militares que matarem em serviço
Brasília - 20 FEB 2020 - 22:27ART
Máscaras de Carnaval de Bolsonaro, em primeiro plano, e Lula, em segundo, numa loja de São Paulo.RAHEL PATRASSO / REUTERS (REUTERS)
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