Quase dez anos depois da gravação da minissérie bíblica Rei Davi, a Record foi condenada, em segunda instância, a pagar dois milhões de reais por ter coberto com tinta branca a arte pré-histórica preservada durante séculos em uma parede na cidade de Diamantina, em Minas Gerais. O cenário natural da Serra do Pasmar, no Alto Jequitinhonha, tem registros de até 4.000 anos e cerca de 220 sítios arqueológicos e, à primeira vista, parecia ideal para as gravações da série que se tornaria o segredo da emissora para alavancar a audiência. No entanto, a Record optou por modificar a paisagem, conforme revela a reportagem de Regiane Oliveira. À Justiça, a emissora nega que seja possível relacionar a tinta que existe no local à sua presença. O caso, entretanto, evidencia um "profundo desconhecimento do valor das pinturas rupestres e do patrimônio arqueológico" no país, segundo explica o pesquisador da UFMG Andrei Isnardis.
E ainda, contamos como os desabrigados pelo temporal que devastou a cidade de São Paulo na última segunda-feira tentam retornar às suas casas e retomar a normalidade de suas vidas, enquanto o Estado de Minas Gerais reage às fortes chuvas de janeiro, que deixaram 211 cidades em situação de emergência e cinco em calamidade pública. Em Belo Horizonte, o EL PAÍS sobrevoou com um drone as áreas afetadas pelos deslizamentos e as imagens mostram uma cidade à beira do abismo.
E para ler com calma (e começar a semana bem), destacamos uma reportagem especial da correspondente Ana Alfageme, que foi à Finlândia tentar desvendar o que faz do país o mais feliz do mundo. Os finlandeses lideram há dois anos um ranking realizado anualmente pelas Nações Unidas —no qual o Brasil constava em 32º lugar em 2019— que mede variáveis como o PIB, a assistência social, a expectativa de vida, a liberdade, a percepção de generosidade, a corrupção e a qualidade de vida dos imigrantes. "Uma revista largou 12 carteiras em 16 cidades. Helsinque mostrou ser a mais honesta do mundo. 11 reapareceram; em Madri, 2. Quando chego ao país recordista em tantas coisas —o mais livre e estável do mundo e o que mais contribui para o bem-estar da humanidade—, acabo tendo de vivenciar precisamente esse recorde. Quase choro de alívio. Já posso começar a procurar o segredo da felicidade finlandesa", escreve.
“O que vou fazer com um colchão e sem casa?”, o drama dos desabrigados pelas chuvas em São Paulo
Moradores da zona leste perderam suas moradias nas enchentes e estão alojados em escolas da região. Temem voltar para a casa e, em seguida, serem expulsos novamente pela água
São Paulo - 16 FEB 2020 - 17:12ART
“O que vou fazer com um colchão e sem casa?”, o drama dos desabrigados |
Moradores da zona leste de São Paulo perderam suas moradias nas enchentes e estão alojados em escolas da região. Agora, temem voltar para casa |
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