O Programa Bolsa Família vive, sob o Governo de Jair Bolsonaro, o que pode ser uma de suas maiores filas de espera para ingresso desde que o benefício foi criado, com os cortes de bolsas e uma redução inédita na concessão de novos auxílios. Cálculos realizados pelo EL PAÍS, com base em dados públicos, apontam que 1,7 milhão de famílias, ou cerca de 5 milhões de pessoas, estariam atualmente aptas a ingressar no programa, ou seja, preenchem todos os critérios para receber o auxílio anti-miséria. O dado é mais de três vezes maior do que o número divulgado pelo Ministério da Cidadania: uma "média nacional" de 494.229 famílias. O Governo federal, no entanto, não explica exatamente como chegou a essa média. Também não disponibiliza os números absolutos mês a mês de entrada e saída de famílias, nem o número de habilitados a receber o benefício, mas que ainda estão sem bolsa, mostra reportagem de Marina Rossi.
Enquanto isso, lá fora o mundo só tem ouvidos para dois assuntos: coronavírus e a tantas vezes adiada saída oficial do Reino Unido da UE. Pois o dia chegou, finalmente, neste sábado. Mas, embora as bandeiras sejam arriadas com solenidade, os documentos de divórcio sejam assinados entre flashes e a data entre para os livros de história, o passo é mais simbólico do que prático. Começa agora um período transitório em que quase nada muda, uma forma de pavimentar o caminho para a verdadeira soltura das amarras, marcada para 1º de janeiro de 2021.
Para ler com calma, a reportagem de Joana Oliveira conta como os traumas e as consequências da escravidão tomam o foco do cinema nacional. Todos os Mortos, que disputará o Urso de Ouro na Berlinale, é o último de uma safra de filmes nacionais que voltam o olhar para o horror —figurativo e literal— da escravidão e suas cicatrizes históricas.
Governo Bolsonaro não explica tamanho real da fila do Bolsa Família |
Segundo cálculos, demanda reprimida deveria estar perto de 1,7 milhão de famílias, três vezes mais do que o número divulgado pelo Ministério |
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