Fabricantes de armas usam ‘influencers’ para se promoverem nas redes sociais
Instagram proíbe qualquer anúncio que promova o uso, a venda ou o intercâmbio de pistolas e outras ferramentas
22 AGO 2019 - 17:12 ART
A influencer digital Rita Pearl posa com uma arma.ARQUIVO PESSOAL
Basta dar uma olhada no Instagram para ver centenas de publicações de influencers em restaurantes deslumbrantes, em férias em lugares paradisíacos, com roupas de diferentes marcas e com produtos de beleza. Há também os que promovem videogames, esportes ou estilos de vida. E até mesmo influencers de produtos mais polêmicos, como armas. Os fabricantes encontraram em mulheres jovens uma maneira de evitar as restrições que impedem empresas de armas de anunciar em redes sociais.
O Instagram garante que avalia todos os anúncios antes de torná-los públicos na plataforma. “Não permitimos anúncios que promovam a venda ou o uso de armas, munições ou explosivos. Isso inclui anúncios de acessórios para modificação de armas”, dizem fontes da empresa. A rede usa inteligência artificial para detectar conteúdo que possa violar suas políticas. Analisa os links e a página de destino, imagens e mensagens.
Além das armas, também não é permitido fazer publicidade de gás de pimenta, facas que não sejam de cozinha ou pistolas de paintball. Mas se o público-alvo de um anúncio tiver mais de 18 anos, as marcas podem promover objetos como visores, sistemas de mira, lanternas acopláveis para armas de fogo, roupas militares ou estojos. A rede social também autoriza a publicação de armas, desde que não esteja relacionada com venda ou a troca privada desses objetos.
Nesse contexto, muitas empresas descobriram nos influencers de armas uma oportunidade de anunciar e atingir grandes públicos. Por exemplo, a Gunship Helicopters —uma empresa de Las Vegas, onde seus clientes podem disparar armas de um helicóptero— faz fotos e vídeos de mulheres jovens testando seus serviços, com milhares de seguidores em campo.
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