Bom dia!
Treze mulheres são assassinadas por dia no Brasil. Foram 4.936 mortes violentas de mulheres em 2017, o que faz do país um dos recordistas em feminicídios. Uma iniciativa realizada dentro do Centro de Detenção provisória de Serra (ES), que comporta 580 presos mas que abriga 979, discute com os próprios agressores e feminicidas questões como feminismo, machismo, assédio e violência. Nesta segunda-feira, destacamos uma reportagem de Gil Alessi, que acompanhou uma oficina do projeto Sentinela dentro da prisão em 12 de agosto. "Achamos que seria importante falar com estes homens, que são os perpetradores desta violência, tentando entender de onde ela vem e como se reproduz”, explicou Eliza Capai, uma das responsáveis. Na oficina, doze presos enquadrados nas leis Maria da Penha e de Feminicídio refletem sobre masculinidade tóxica e sobre o peso de suas ações. “Pra ser sincero com você, estou melhor do que mereço. Eu acho que deveria estar morto. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”, disse um dos detentos —os participantes não ganham benefícios por participar do projeto. Também nesta edição, a correspondente Pamela Subizar mostra outra triste consequência da violência machista: os órfãos que ela deixa no México. Mais de 23.000 menores perderam a mãe de forma violenta na última década no país.
E na Argentina, duas matérias detalham o cenário político a pouco tempo das eleições presidenciais. Os argentinos veem despontar o favoritismos da oposição enquanto parte dos eleitores de Mauricio Macri o responsabilizam pela piora econômica do país. O correspondente Enric González traça um perfil do peronista Alberto Fernández , um ex-ministro-chefe de Néstor e Cristina Kirchner, que se afastara do centro da política e dava aulas na Universidade de Buenos Aires, mas que despontou na disputa eleitoral alavancado pela decepção com o Governo.
E ainda, como o Brasil conseguiu bater seu recorde de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019. "Nossa expectativa para Tóquio é que os atletas tenham os recursos que precisam para se preparar. No Governo federal, não podemos ficar pensando nos resultados lá na quadra, e sim na estrutura que oferecemos para eles", reflete Emanuel Rego, campeão olímpico no vôlei de praia e secretário de esportes de alto rendimento da Secretaria Nacional do Esporte. Boa leitura!
“O melhor dia da minha vida foi quando a conheci. O pior, quando eu a matei” |
Projeto no Centro de Detenção provisória de Serra, no Espírito Santo, discute com agressores e feminicidas a violência contra a mulher e o machismo |
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