Bom dia!
Nem tsunami nem marolinha. Nesta terça, estudantes voltaram às ruas em várias cidades do país contra o bloqueio de verba de universidades. Em maio, a medida do Governo e a retórica belicosa contra as instituições, consideradas antros "esquerdistas", foram catalisadores do primeiro protesto nacional contra Jair Bolsonaro, quando os atos extrapolaram os limites da comunidade acadêmica e atraíram outros grupos de descontentes com o Planalto. Desta vez, as manifestações não contaram com a mesma adesão. Em São Paulo, o protesto mais modesto ocupou pelo menos seis quarteirões de uma pista da avenida Paulista. Concentrados em frente ao Masp, manifestantes marcharam com cartazes críticos ao Governo Bolsonaro, especialmente direcionados ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e exaltaram o legado de Paulo Freire, educador que se tornou referência mundial em pedagogia e, hoje, um alvo de hostilidades da extrema direita. Outro alvo das críticas foi o programa Future-se, proposto pelo MEC para aumentar a captação de recursos privados para universidades, mas visto com desconfiança pelos especialistas em financiamento do setor.
E no segundo capítulo do especial Transnacionais da Fé, a Agência Pública traz um perfil de Sheldon Adelson, o empresário que se ofereceu para pagar pela nova embaixada americana em Jerusalém e agora mira a legalização de cassinos no Brasil para trazer ao país seu modelo de negócios.
Ainda nesta edição, o diretor do EL PAÍS América, Javier Moreno, analisa a situação da Colômbia ante os esforços dos conservadores radicais do uribismo de fazer ruir o acordo de paz na Colômbia, uma estratégia para evitar revelações contra a elite política e militar do país, mas não só. "O objetivo declarado do grupo, em múltiplas ocasiões e diversos fóruns, consiste há meses em forçar uma Assembleia Constituinte cujo único objetivo consista em remodelar as altas cortes, reduzir seu número (uma só seria seu tamanho ideal) e, presumivelmente, obter sua docilidade", escreve.
Boa leitura!
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