Foi em 2013, com o julgamento do Mensalão, que os ministros do Supremo Tribunal Federal se transformaram em celebridades. A cobertura sistemática das audiências em tempo real trouxe uma transparência até então nunca vista na Justiça brasileira. Mas não sem deixar sequelas. Até hoje o ministro Ricardo Lewandowski se ressente dos reflexos do que especialistas chamam de “publicidade opressiva” do julgamento. Não poucas vezes as posições do ministro contrárias à maioria fizeram com que ele fosse tachado de antagonista da luta contra a corrupção. Na entrevista a Carla Jiménez e Regiane Oliveira que abre esta edição, o ministro mostra que continua combativo e fiel a seus princípios. Defende, inclusive, que certas operações judiciais e policiais, “de grande impacto midiático” —em alguns momentos cita a Lava Jato explicitamente— “vão ser julgadas de forma muito severas pela história” e se posiciona sobre alguns dos mais sensíveis debates do mundo jurídico, como a proposta de criação da figura do juiz de garantias. O magistrado recebeu o EL PAÍS em dezembro, em uma das raras entrevistas concedidas desde o o emblemático julgamento. "Desde aquela época sempre fiquei muito exposto, mas essa exposição e essa pressão não tiveram o condão de fazer com que eu me afastasse um milímetro sequer das minhas convicções."
As tensões no Oriente Médio, que já impactam mercados do mundo inteiro, ganharam contornos de confusão depois que um rascunho de uma carta de um general do Exército dos EUA foi publicado na tarde de segunda-feira, anunciando que Washington realocaria suas tropas no Iraque em preparação para a eventual retirada do país. Na carta endereçada ao número dois do comando militar iraquiano o brigadeiro-general William Seely diz que as forças americanas da coalizão anti-jihadi serão "reorganizadas" diante de "uma retirada segura e eficaz do Iraque". No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião no Ministério de Minas e Energia para discutir a alta no preço do petróleo ocasionada pelo conflito. Após o encontro, reforçou que o Governo não tem intenção de intervir no preço dos combustíveis, mas sugeriu os Estados brasileiros abatessem suas cobranças de ICMS sobre a gasolina.
Enquanto isso, no Vale do Silício, uma nova e extravagante tendência de saúde emerge. Os executivos de São Francisco, que puseram na moda a dieta de jejum intermitente, a de beber água pura da chuva e fontes sem tratar e o consumo de microdoses de LSD para obter um melhor desempenho no trabalho, agora decidiram abdicar de tudo o que produz prazer –da comida, ao álcool e o sexo até as redes sociais e as novas tecnologias. A reportagem de Kristin Suleng conta os detalhes sobre o jejum de dopamina, termo cunhado pelo psicólogo e investidor em tecnologia Cameron Sepah, ao qual se atribuem os benefícios de “reiniciar” e melhorar a eficiência do cérebro.
Lewandowski: “O combate à corrupção sempre foi um mote para retrocessos” |
Em entrevista ao EL PAÍS, ministro do Supremo afirma que é preciso defender o Estado democrático de direito para evitar um novo “eclipse institucional” e defende a criação do juiz de garantias |
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