A ministra Damares Alves, “mãe, pastora evangélica, educadora e advogada”, como se apresenta para seus mais de 680.000 seguidores do Twitter, assumiu seu cargo no ano passado dizendo “o país é laico, mas que esta ministra é terrivelmente evangélica”. Desde então vem ocupando o noticiário com declarações que atraem ultraje e aplausos e com suas propostas conservadoras, a mais recente relacionada a uma campanha voltada para jovens pregando a abstinência sexual. A reportagem de Felipe Betim conversou com especialistas e políticos que debatem os pontos fortes e débeis do discurso da pastora evangélica, uma ministra bastante popular, atrás apenas do ex-juiz Sergio Moro, que tem simpatia sólida entre os mais pobres e até de parte do eleitorado que se identifica com o PT. “Ela é muito forte no Governo e dificilmente cairia. Mesmo que não seja um ícone, reconhecido por toda a população, sua trajetória evangélica traz sensação de reconhecimento”, explica Jacqueline Teixeira, doutora em antropologia social e pesquisadora do Núcleo de Antropologia Urbana da USP.
A atriz Camila Pitanga venera o pai, Antônio, de 80 anos, de quem herdou o nome e a paixão pela arte e pela cultura, a cada gesto e palavra. Ambos são os homenageados da 23ª Mostra Tiradentes, que acontece na cidade mineira até 1º de fevereiro, com a missão de apontar os caminhos que o cinema brasileiro deve trilhar. A repórter Joana Oliveira conta que, pela primeira vez, a mostra reverencia uma família, e uma família emblemática: ela, uma das atrizes mais populares do país, transitando entre novela e cinema, sendo uma das primeiras protagonistas negras na televisão; ele, o ator mais importante do Cinema Novo e cocriador do cinema moderno brasileiro. Ambos são retrato do Brasil artístico, diverso e negro. “Tiradentes não está homenageando só um homem. Estão homenageando um quilombo”, resume Antônio Pitanga.
A libertação campo de extermínio de Auschwitz e seu imenso anexo de Birkenau pelas forças do Exército soviético completou 75 anos nesta segunda-feira. Às vésperas da comemoração oficial da data, que reuniu chefes de Estado e sobreviventes, o repórter Jacinto Antón acompanhou um grupo de turistas que visitam o memorial do horror nazista. Alguns deles ignoram as normas de respeito estabelecidas pelo recinto. Também nesta edição, o colunista Juan Arias reflete sobre a primeira vez que foi à Auschwitz, para cobrir a visita do Papa João Paulo II. "De Auschwitz, permiti-me levar naquele dia uma flor minúscula, uma espécie de cíclame que brotara entre duas pedras ao lado da cerca do campo. Aquela flor ficou na minha carteira durante muito tempo. Ela carregava todo o peso da memória do inferno do Holocausto". Leia também o texto publicado originalmente em 1979.
Damares demonstra força entre os mais pobres e acende alerta na esquerda |
Especialistas e políticos debatem os pontos fortes e débeis do discurso da pastora evangélica, que lança campanha por abstinência sexual para jovens |
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