A Amazônia, cenário histórico de disputas de terra, viu seus conflitos se agravarem no último ano e ardeu em incêndios criminosos. Tal conjuntura colocou a região em destaque no 30º relatório mundial da Human Rights Watch (HRW), ONG internacional que atua em defesa aos direitos humanos. Embora o Brasil já fosse considerado o país mais perigoso do mundo para ambientalistas antes de o presidente Jair Bolsonaro assumir o poder, a entidade afirma em seu texto, publicado nesta terça-feira, que a atual política ambiental brasileira dá “carta branca” às redes criminosas que atuam na região e requer que o problema não seja tratado apenas na esfera ambiental. A HRW afirma que já tem um encontro marcado com Sergio Moro e com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para discutir como combater a criminalidade na floresta.
De Maceió, a repórter Marina Rossi conta a história de uma região inteira que corre o risco de desaparecer por conta da mineração. Segundo o Serviço Geológico do Brasil, a exploração de sal-gema pela Braskem em bairros da capital alagoana colocou os moradores em risco e a ordem é que cerca de 30.000 pessoas abandonem as casas. É o caso de José Jânio Profério da Silva, 49 anos, cuja residência está rachada ao meio. A petroquímica fechou um acordo bilionário de indenização, mas não reconhece responsabilidade pelos danos.
Na Inglaterra, o duque e a duquesa de Sussex anunciaram na semana passada em um comunicado que estavam “dando um passo atrás” como membros da casa real britânica e que trabalhariam para ser economicamente independentes. Mas de onde, afinal, sai o dinheiro da família real britânica, uma fortuna que até então pagou a conta deles? O correspondente em Londres, Rafa de Miguel, explica que o patrimônio equivalente a 78 milhões de reais é composto por imóveis, direitos de mineração e vem até de cobrança de taxas para eventos.
HRW cobra de Moro inclusão da Amazônia nas políticas de combate ao crime organizado |
Relatório anual da ONG internacional afirma que política ambiental de Bolsonaro deu “carta branca” às redes criminosas que atuam na destruição da floresta e pede sua inclusão nas políticas de segurança |
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