A primeira segunda-feira de 2020 começa sob a tensão mundial instalada desde a semana passada pelo assassinato do general iraniano Qasem Soleiman pelas tropas dos EUA. Neste domingo, o Irã anunciou que deixará de respeitar seus compromissos sob o acordo nuclear de 2015, enquanto o parlamento do Iraque aprovou uma moção exigindo que o Governo expulse as tropas norte-americanas —são cerca de 5.000 militares. Um dia antes, o presidente Donald Trump alertou em tom de ameaça que tem 52 locais iranianos como “alvos” e atacará “muito rápido e muito forte” se Teerã atingir cidadãos ou interesses norte-americanos. "Não está claro se Washington avaliou as consequências da ação, ou se simplesmente caiu na armadilha que os iranianos armaram no Iraque. Mas matar Soleimani é muito mais do que matar um comandante militar", analisa a correspondente no Oriente Médio Ángeles Espinosa. O correspondente Andrés Mourenza traz os últimos capítulos da mais nova crise instalada na região.
Já na reportagem que abre esta edição, Carla Jiménez avalia o que esperar para a economia brasileira em 2020. "Hoje, a economia está se movendo a conta-gotas, mas o suficiente para ensaiar uma recuperação, ou pelo menos uma distância maior da recessão vivida entre 2015/2016. Para 2020 já se dá como certo que vai superar 2,2% do PIB (ante 1% de 2019), um alento para o Brasil depois de anos de recessão e um turbilhão de crises políticas que se sucederam desde 2015", escreve.
Falando em aquecimento da economia, o combalido mercado editorial tenta pegar carona nos smartphones para competir com outras distrações, como as séries da Netflix. O repórter Rodolfo Borges conta sobre o recente boom dos audiolivros no Brasil, uma modalidade adorada há anos pelos norte-americanos e alemães, e que começa a conquistar adeptos no país. Falta de tempo não é mais desculpa ―se um dia já foi― para evitar as quase 3.000 páginas das obras-primas da literatura mundial. E na sétima arte, uma surpresa: 1917, o longa bélico de Sam Mendes, inspirado na experiência do seu avô na Primeira Guerra Mundial, levou o Globo de Ouro 2020 de melhor filme, desbancando favoritos como Era uma vez em... Hollywood e O Irlandês
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