lunes, 13 de enero de 2020

Bolsonaro acelera deterioração da democracia no Brasil | Brasil | EL PAÍS Brasil

Bolsonaro acelera deterioração da democracia no Brasil | Brasil | EL PAÍS Brasil



A democracia brasileira, que já havia sofrido deterioração desde o conturbado período do impeachment de Dilma Rousseff, caminha mais rapidamente para um estado de decadência sob a presidência de Jair Bolsonaro. De um lado, o apoio à democracia recuou sete pontos no último ano (segundo pesquisa Datafolha), por outro, um relatório anual sobre a qualidade da democracia no planeta, realizado pelo instituto sueco V-dem, afirma que o Brasil vive “uma guinada à autocracia das mais rápidas e intensas do mundo nos últimos anos”. Reportagem de Naiara Galarraga Gortázar mostra que o que mais preocupa os acadêmicos são os esforços do presidente e seu Governo para calar os críticos. “Foi o que fez (Recep Tayyip) Erdogan quando levou a Turquia da democracia à ditadura, o que faz (Viktor) Orban na Hungria, que está prestes a deixar de ser uma democracia, e exatamente o que (Narendra) Modi faz na Índia”, alerta o diretor do V-dem, o professor Staffan I. Lindberg.
No Oriente Médio, pelo segundo dia seguido jovens iranianos foram às ruas protestar contra as autoridades pela derrubada do voo PS752 da Ukraine International Airlines, que matou todas as 176 pessoas a bordo, na maioria cidadãos do Irã e Canadá. Os protestos abrem uma brecha significativa na imagem de unidade nacional que o regime tentava transmitir em seu conflito com os EUA pelo assassinato do general Qasem Soleimani, da Guarda Revolucionária, o mesmo corpo militar que lançou o míssil contra o avião. As manifestações começaram no sábado sob a forma de vigílias pelas 176 vítimas, mas logo se transformaram em protestos contra as autoridades da República Islâmica, taxadas de “mentirosas” pelos manifestantes, conforme contam os correspondentes Andrés Mourenza e Amanda Mars.
E ainda nesta edição, a matriarca da família real britânica convocou uma reunião às pressas para resolver uma crise pública que ameaça sair do controle. A rainha Elizabeth II se reúne nesta segunda-feira com o príncipe Charles e seus filhos, William e Harry, para acertar um plano protocolar, financeiro e logístico que permita aos duques de Sussex cortar os laços com a família realEnquanto os tabloides e o setor reacionário britânicos concentram as críticas em culpar Meghan Markle pela ruptura, um artigo publicado no The New York Times pela professora de jornalismo Afua Hirsch aprofundou o debate sobre o racismo no Reino Unido, ao colocá-lo no centro da decisão do casal. “Não importa o quanto você seja bonita, com quem se case, que palácios ocupe, que causas apoie, o quanto seja fiel ou quanto dinheiro acumule: nesta sociedade, o racismo sempre a perseguirá”, assina Hirsch.


Bolsonaro acelera deterioração da democracia no Brasil



Bolsonaro acelera deterioração da democracia no Brasil
Presidente aprofunda a polarização com discurso hostil e ameaças aos seus adversários enquanto o Congresso e o STF impedem iniciativas mais radicais

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