Movimento expõe empresas do Brasil que financiam, via anúncios, sites de extrema direita e notícias falsas
Inspirada em modelo dos EUA, versão brasileira da conta Sleeping Giants alerta companhias sobre publicidade em páginas que ajudam a propagar a desinformação. Banco do Brasil, Dell, O Boticário, Submarino e Telecine retiram propaganda
Com o intuito de minar a sustentação econômica de sites e canais ligados à extrema direita e à disseminação de notícias falsas, o movimento Sleeping Giants, nascido há quatro anos, nos Estados Unidos, fincou bandeira em solo brasileiro no último domingo. Em apenas dois dias, a versão brasileira ganhou mais de 20.000 seguidores e levou pelo menos seis empresas a assumir o compromisso de revisar políticas de anúncios via Google após serem alertadas de que suas marcas estampavam a página Jornal da Cidade Online. Breiller Pires conta os detalhes e explica por que a mídia programática é uma das maiores fontes de receita de sites e influenciadores de extrema direita.
Nesta quarta-feira, o Brasil bateu recorde de novos casos confirmados de covid-19 em 24 horas, com quase 20.000 novos registros. O Governo, no entanto, não comentou os novos números. A estratégia do dia foi apostar na ampliação do uso da cloroquina contra a doença, mesmo reconhecendo que não há comprovação de eficácia do tratamento experimental. Em novo protocolo de tratamento, o próprio do Ministério da Saúde admite a possibilidade de efeitos colaterais graves associados ao uso da medicação. Os pacientes que aceitarem o tratamento precisam assinar termos se responsabilizando por esses riscos. O endosso governamental é mais um elemento a engrossar o movimento de adotar o remédio mesmo em casos leves da doença, como no Ceará, onde uma rede privada de saúde decidiu distribuir de forma gratuita kits com cloroquina para tratar coronavírus em casa. A Unimed Fortaleza está enviando gratuitamente o medicamento a seus conveniados, desde que eles tenham receita médica. Na terça, a rede passou a disponibilizar 30.000 kits contendo cloroquina e ivermectina, essa última utilizada no tratamento de infestações por parasitas, como piolhos e sarna, para seus cerca de 340.000 clientes da região metropolitana.
Com uma combinação de apenas quatro letras (a, u, g, c) está escrito o texto que matou mais de 328.000 pessoas em todo o planeta em pouco mais de quatro meses. É o que mostra a reportagem especial de Manuel Ansede, Mariano Zafra e Arthur Galocha, que destrincha o genoma do novo coronavírus. Entenda por que a brevíssima sequência é suspeita de ser a principal responsável pela sua excepcional capacidade de contágio e virulência.
Movimento expõe empresas do Brasil que financiam sites de extrema direita |
Versão brasileira da conta Sleeping Giants alerta companhias sobre publicidade em páginas que propagam a desinformação |
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