Nos Estados Unidos em chamas por causa dos protestos raciais que já se estendem por sete noites, Donald Trump ameaça com a mão de ferro. Nesta segunda-feira, numa saída teatral da Casa Branca, Trump exortou os governadores, a quem chamou de “fracos”, a usarem a força para recuperar o controle das ruas. Alertou, ainda, que está disposto a usar o Exército nas ruas “para resolver o problema para eles”. Trata-se de um novo patamar na escalada do discurso do presidente contra as manifestações. No domingo, ele já havia escolhido seus alvos “É o Antifa e a extrema esquerda. Não culpem os outros!”, tuitou. O movimento que Trump culpa pelos distúrbios e que anunciou que pretender classificar como "terrorista", entretanto, é uma difusa rede de ativistas antifascistas sem uma estrutura nacional, como explica o correspondente Pablo Guimón.
No Brasil que se aproxima de 30.000 mortes pela covid-19, a crise política ferve e ecoa também a norte-americana. As torcidas organizadas de futebol que se definem como antifascistas e tomaram a dianteira dos protestos de rua contra o Governo Bolsonaro prometem voltar às ruas em breve, mostra a reportagem de Breiller Pires e Diogo Magri. Em sua coluna, o filósofo Vladimir Safatle urge que a maioria que se declara contra o atual Governo organize "redes de boicotes a empresas que sustentam essa política da morte e manifestações de rua pelo impeachment que respeitem exigências de segurança sanitária".
Também nesta edição, uma reportagem sobre o bilionário Elon Musk, que vive o auge do sucesso com o lançamento do foguete da sua empresa SpaceX, que inaugurou a era da conquista privada do espaço no sábado. Musk virou um garoto-propaganda contra a quarentena, conta o correspondente Pablo Ximénez de Sandoval, de Los Angeles.
Trump ameaça pôr Exército nas ruas: “São atos de terrorismo doméstico” |
Em mensagem à nação, presidente dos EUA garante que recorrerá às Forças Armadas se os governadores não acabarem com a violência |
No hay comentarios:
Publicar un comentario