Após recordes na contagem de mortes por covid-19, Brasil muda divulgação de dados e reduz informações
Boletins com números sobre a doença agora são divulgados no final da noite e sem a quantidade total de óbitos. Portal com as informações consolidadas também saiu do ar nesta sexta-feira
Após recordes nos registros de mortes por covid-19 no Brasil, o Governo de Jair Bolsonaro mudou nesta sexta-feira a forma como os dados sobre a doença são divulgados diariamente. Os números não contavam o total de óbitos e infectados, como acontece desde o início dos casos no país —apenas os registros do dia foram divulgados. O site onde as informações são compiladas também saiu do ar. Pelo terceiro dia seguido, o balanço foi divulgado muito mais tarde que o comum, perto de 22h, após o término do Jornal Nacional, o noticiário de maior audiência no país. Com os 1.005 novos óbitos e 30.830 casos registrados nesta sexta-feira, o país passa a ter 35.026 mortos e 645.771 infectados. Nos últimos dias, a qualidade da comunicação à imprensa feita pelo Governo federal em relação à doença piorou, informa reportagem de Joana Oliveira. As entrevistas coletivas, antes diárias, passaram a ser irregulares e os questionamentos da imprensa são cada vez menos respondidos.
Enquanto os dados em relação à covid-19 parecem sob risco de ficarem cada vez mais escassos, o campo das informações vazadas tornou-se abundante no país. Uma lista que reúne nomes de centenas de pessoas consideradas "ativistas antifascistas" criou um clima de tensão e resistência às vésperas de um novo ato pró-democracia, previsto para ocorrer neste domingo. O documento é atribuído ao deputado Douglas Garcia, que nega relação. A reportagem de Carla Jiménez explica o caso e conta sobre a expectativa com o ato, que deveria reunir grupos antagônicos na avenida Paulista, mas que foi proibido pela Justiça de São Paulo.
E ainda nesta edição, a chanceler alemã Angela Merkel se aproxima do final de uma trajetória política excepcional, que a transformou na líder europeia mais importante do século XXI. No ano que vem, salvo surpresas, concluirá seu quarto e último mandato consecutivo, uma etapa essencial em que deu forma à Europa que conhecemos. Sua saída, prevista para o final de 2021, marcará o ocaso de um tempo político. Na reportagem de Ana Carbajosa e Bernardo de Miguel, mais de uma dúzia de personalidades traçam o retrato de seus 15 anos no comando da União.
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Boletins agora são divulgados no final da noite e sem o número total de óbitos. Portal com dados consolidadas também saiu do ar |
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