Bolsonaro insiste que crise do coronavírus é histeria, e ex-aliados sugerem seu afastamento
Após aparição em atos contra outros poderes, presidente não participa de videoconferência com presidentes da região para tratar sobre o vírus que se espalha pelo continente, especialmente o Brasil
O presidente Jair Bolsonaro dobrou a aposta na crise que comprou para si com a sua saída do Palácio da Alvorada, no domingo, para abraçar e tirar selfies com participantes de uma manifestação de apoio ao seu Governo. Nesta segunda, mantendo o tom desafiador, o mandatário minimizou as críticas e tratou novamente como “histeria” a preocupação com a expansão do coronavírus, provocando até seus ex-aliados a pedirem seu afastamento. Se o presidente marcou pontos com seus apoiadores mais radicais, entre a cúpula dos poderes a tentativa é de isolá-lo para deixar seus técnicos trabalharem. Um exemplo disso foi uma reunião de emergência entre integrantes do Supremo Tribunal Federal e presidentes da Câmara e do Senado. O Executivo foi representado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem nas mãos o desafio de lidar com o gargalo de UTIs do SUS em plena emergência. Também sob pressão, Paulo Guedes anunciou pacote de estímulo para a economia.
De Madri, a brasileira Isabela Sperandio relata a rotina de confinamento com os filhos e o marido. “Parece ficção científica. As ruas desertas, a aflição das crianças chutando bola dentro de um miniapartamento”, conta. A família vive isolada desde que a Espanha impôs quarentena, mas encontra na experiência desafiadora doses de esperança: "A Espanha está mostrando que, com um tecido social forte, informação, consciência e altruísmo, a crise de saúde pública pode ser superada". Ainda nesta edição, resgatamos a memória de outra grande pandemia. Em 1918, a gripe espanhola espalhou morte e pânico em todo o planeta. A reportagem de Ricardo Westin, da parceira do EL PAÍS com a Agência Senado, conta como o Brasil enfrentou a emergência que acabou plantando a semente do atual Sistema Único de Saúde (SUS).
Leia também entrevista com o rapper do momento, o mineiro Djonga. “Uma hora você quer pegar no revólver, outra hora quer ler um livro, até entender seu caminho”, contou ele ao EL PAÍS. Aos 25 anos, o músico lança 'Histórias da minha área', seu quarto álbum de estúdio.
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