Uma semana após bloquear a BR-163 no Pará, um grupo de garimpeiros, que atuam em exploração ilegal em áreas da floresta nacional do Crepori, receberam um inédito respaldo do Governo Federal, ao se reunir com várias autoridades do primeiro escalão do Planalto. Em meio à crise na região, eles pressionam o Governo a proibir que o Ibama queime máquinas durante fiscalização. "Neste ano aumentou a pressão em áreas protegidas, porque estamos num momento deliberado em que o Governo dá sinais de que tolera esse tipo de coisa em unidades de conservação e terras indígenas", afirmou ao EL PAÍS o engenheiro Tasso Azevedo, coordenador da MapBiomas, ONG que trabalha com imagens de satélites detalhadas para identificar quais áreas foram desmatadas. A reportagem é de Felipe Betim.
Enquanto isso, na Espanha, não houve acordo entre os partidos político. O PSOE, liderado pelo primeiro-ministro interino Pedro Sánchez, venceu as eleições de 28 de abril deste ano, mas, sem formar maioria absoluta no Congresso, não conseguiu chegar a um acordo com o esquerdista Podemos que lhe garantisse os votos necessários para a nomeação. Assim, o país deve se encaminhar para uma nova votação em novembro, a quarta eleição geral em um intervalo de quatro anos. A reportagem de Anabel Díez Navarrete e Miguel Alberola Benavent explica o impasse político.
No Oriente Médio, sob crescente tensão, Israel também deve enfrentar um bloqueio político após ir às urnas pela segunda vez neste ano. A apuração indica um empate técnico entre o partido Likud (conservador), do primeiro-ministro Benjamín Netanyahu, e seu adversário centrista Benny Gantz. O correspondente Juan Carlos Sanz explica o cenário que envolve este escrutínio complexo, com resultados apertados e margens estreitas que obrigariam a contar até o último voto.
Ainda nesta edição, uma janela para dois dos principais lançamentos do ano no mercado editorial mundial. Em um extrato do livro de memórias de Edward Snowden, Eterna vigilância, lançado no Brasil nas próximas semanas pela editora Planeta, o leitor mergulha em uma reflexão do ex-analista da NSA que revelou espionagem maciça sobre o valor e a ética daqueles que expõem más práticas de dentro de uma organização de Estado. Já Aurelio Major, tradutor da obra de Susan Sontag ao espanhol, escreve uma crítica sobre a nova biografia da intelectual norte-americana assinada por Benjamin Moser. Para Major, a obra publicada na terça-feira nos Estados Unidos acusa a autora de Diante da Dor dos Outros de esconder sua homossexualidade e de não ser firme em seu compromisso feminista. Moser é conhecido por sua biografia de Clarice Lispector.
O respaldo do Planalto a garimpeiros de áreas protegidas da Amazônia |
Em meio à crise na região, grupo pressiona o Governo a proibir que o IBAMA queime máquinas durante fiscalização e espera abertura à exploração |
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