martes, 3 de marzo de 2020

Moro e Ciro duelam nas redes para capitalizar fim do motim de policiais no Ceará | Brasil | EL PAÍS Brasil

A guerra política desenhada durante a crise de segurança do Ceará permanece latente, mesmo depois que policiais militares decidiram encerrar a mobilização no último domingo. Enquanto agentes de segurança retomavam suas atividades após uma paralisação de 13 dias ―período no qual o número de homicídios triplicou no Estado―, o ex-presidenciável Ciro Gomes, o ministro Sergio Moro e até o presidente Jair Bolsonaro trocavam alfinetadas públicas e reivindicavam a paternidade do fim do impasse. O governador Camilo Santana, aliado da família Gomes e visto pelos setores ideológicos da PM como inimigo a ser combatido, agradeceu ao Exército sem citar o presidente Jair Bolsonaro. Antônio Aginaldo de Oliveira, diretor da Força Nacional e marido da deputada bolsonarista Carla Zambelli, elogiou os amotinados. A reportagem de Beatriz Jucá, que está em Fortaleza, detalha o duelo nas redes para capitalizar o fim do motim.

Nos Estados Unidos, as primárias democratas deram uma guinada crucial na véspera do dia D da disputa, a Superterça, quando se acumulam até 16 votações, entre elas as dos dois Estados mais populosos, Califórnia e Texas. As desistências de Tom Steyer, Pete Buttigieg e Amy Klobuchar, anunciadas nos últimos três dias, reduzem o número de aspirantes considerados moderados na disputa pela candidatura para 2020, o que pode favorecer Joe Biden e complicar a vida do senador esquerdista Bernie Sanders, líder inconteste graças, em boa parte, à disseminação do voto mais centrista. O colunista Oliver Stuenkel atribui a movimentação a uma preocupação crescente entre lideranças do Partido Democrata de que a escolha de Sanders como candidato acabe viabilizando uma vitória esmagadora por parte de Trump.

Na cobertura especial deste 8 de março —Dia Internacional da Mulher—, a reportagem de Pilar Alvaréz conta a história da quadrinista Sara Soler, de 27 anos, e de sua namorada, Diana Franco, que tem a mesma idade e trabalha como ilustradora de jogos de tabuleiro. Elas estão juntas há nove anos. No início da relação, Diana não se chamava Diana nem era a mulher trans que é hoje. Há oito anos, fez a confissão mais difícil à sua companheira. Sentia-se mulher e queria “transicionar”. Ambas decidiram contar sua história, “de modo bem humorado”, num fanzine intitulado Us e ilustrado por Sara. “Percebemos que há muita desinformação entre as pessoas”, explica a ilustradora.

Ainda nesta edição, o jornalista Jordi Pérez Colomé remonta a história dos 25 anos de jornalismo digital e descreve como, após anos de gratuidade e alguns experimentos fracassados, os principais jornais do mundo se encaminham para os modelos de assinaturas digitais.