Isolado, Bolsonaro vê Exército, vice Mourão e 27 governadores marcarem distância na crise do coronavírus
Criticado por chamar doença de “gripezinha”, presidente perde aliado Caiado. Presidente do Itaú, maior banco brasileiro, diz: “Sinto falta de um administrador da crise”
Brasília - 25 MAR 2020 - 21:48 ART
Enquanto a população se isola em suas casas para tentar ajudar na contenção do novo coronavírus em boa parte do país, o presidente Jair Bolsonaro fica cada vez mais isolado politicamente. Lideranças do Congresso Nacional, o vice-presidente Hamilton Mourão, representantes do Judiciário, governadores, prefeitos, entidades médicas e até parte da cúpula militar marcaram distância da conduta do mandatário na crise. Entre o pronunciamento em rede de rádio e TV na noite de terça-feira, no qual criticou medidas de isolamento social e voltou a chamar a Covid-19 de uma “gripezinha”, e o início da noite de quarta, cresceram as manifestações contrárias ao principal representante da ultradireita na América do Sul. A reportagem de Afonso Benites conta como o comportamento de Bolsonaro conseguiu até unificar discursos de seus opositores, que costumam agir de maneira desalinhada. Já a reportagem de Beatriz Jucá e Joana Oliveira explica como o isolamento vertical proposto por Bolsonaro pode acelerar contágios e comprometer sistema de saúde.
Na Itália, que já se tornou o país com maior número de mortes pelo coronavírus, superando a China, as autoridades pagaram um preço alto ao resistir a medidas de isolamento social para conter o coronavírus. Para não desacelerar a economia, Governo italiano criticou prefeitos e governadores por “espalharem caos” ao defender quarentenas. Três dias depois, número de mortes dobrou e continuou escalando até chegar aos 7.503 de agora.
Ainda nesta edição, a colunista Eliane Brum fala sobre o apocalipse e o recomeço, traçando um paralelo entre a pandemia e a crise climática. "Além de nossa sobrevivência, o que disputamos neste momento é em que mundo viveremos e que humanos seremos depois da pandemia", escreve.
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