A epidemia de coronavírus segue avançando a ritmo que provoca cada vez mais alarme em autoridades de todo o mundo. Quase 300 milhões de alunos já foram afetados em 22 países de três continentes pelo fechamento de escolas. Em países como China, Coreia do Sul e Itália, o fechamento é a nível nacional. Outros 180 milhões poderiam ser afetados em breve se os nove países que por enquanto limitam o fechamento às zonas de surto ampliarem a medida para todo o seu território – algo que Governos como o da França descartam neste momento. O vírus já maltrata a economia real no Brasil. Com 13 casos confirmados num período de dez dias, a América Latina vive quedas nas bolsas e o Brasil vê o risco de paralisar a produção de veículos neste mês por problemas no abastecimento de autopeças que vêm da China, maior fornecedor do setor. A indústria brasileira de carros depende diretamente de empresas de Wuhan, local de origem do vírus. O setor automobilístico representa 5% do PIB do país (ou 20% do PIB industrial). Qualquer problema nesse setor afeta diferentes cadeias de produção e, por consequência, toda a economia e o humor de investidores.
Enquanto o mundo se preocupa com a disseminação do vírus, o moradores da Baixada Santista vivem um drama mais profundo que virou rotina no Brasil. Com 31 mortos e 39 desaparecidos, a tragédia das chuvas na região da Baixada Santista pode ser três vezes maior que rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, em novembro de 2015. As três cidades atingidas, Guarujá, Santos e São Vicente, são as três mais populosas da Baixada Santista e exibem realidades sociais diferentes, mas todas marcadas pela desigualdade e precariedade urbana nas zonas mais pobres. O repórter Diogo Magri conversou com o tenente André Elias, Porta voz dos Bombeiros envolvido nas buscas, que classifica as enchentes na Baixada Santista como um “evento sem precedentes” na região, “um dos maiores desastres que o Estado já presenciou”. Corporação perdeu dois integrantes que trabalhavam no resgate.
Também seguimos na cobertura especial do 8 de março —Dia Internacional da Mulher. A repórter Marina Rossi conversou com a jovem cientista Juliana Estradioto, premiada aos 19 anos pelo desenvolvimento de um plástico a partir da casca da macadâmia e ganhou um asteroide para chamar de seu. Formada no Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Rio Grande do Sul (IFRS), ela acredita que sua trajetória numa instituição pública de referência fez toda a diferença para chegar onde chegou. “Devemos nos inspirar nas mulheres que estão à nossa volta, como amigas e professoras", diz. Neste domingo, o EL PAÍS vai contar ao vivo as manifestações de mulheres ao redor do mundo. Siga com a gente.
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