Quando determinar medidas restritivas e de distanciamento social para conter o coronavírus? Para o Governo brasileiro, essa hora crucial ainda não chegou, mas isso não é um consenso entre especialistas. Há os que defendem que o Brasil, prestes a confirmar 100 casos da doença, deve se antecipar à explosão de casos e há os que argumentam que impor protocolos drásticos pode apenas gerar pânico sem necessidade. O Ministério da Saúde, no momento, se concentra em medidas para preparar o SUS para o pico de casos. Na esfera privada, porém, já há amplo movimento para suspender eventos e evitar aglomerados de pessoas. No setor de serviços, a apreensão é crescente.
A crise também mudou de patamar em Brasília. Jair Bolsonaro, que tratava a pandemia como "fantasia" há poucos dias, viu-se ele mesmo em quarentena após seu secretário de Comunicação contrair a doença. O presidente fez um pronunciamento nacional sobre o coronavírus, mas preferiu usar o tempo para defender a legimitidade dos atos a favor de seu Governo, que contêm mensagens contra o Congresso e o Supremo. As manifestações estavam previstas para o próximo domingo, 15 de março, mas o próprio presidente tratou de desencorajar a que as pessoas ocupem as ruas devido ao risco de contágio.
Ainda nesta edição, a ONU condenou a Espanha a indenizar uma mulher pela violência obstétrica sofrida durante o parto. A mãe, que foi submetida a dez toques vaginais, a indução com ocitocina e a episiotomia, entre outros procedimentos desnecessários e sem consentimento, não obteve justiça em seu país.
Bolsonaro usa pronunciamento sobre vírus para falar de atos pró-Governo |
Presidente pediu adiamento dos protestos de domingo e foi atendido pelos organizadores. Ele insistiu que movimento é “espontâneo” e que motivações seguem “vivas e inabaláveis” |
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