Bolsonaro tenta guinada na resposta a coronavírus, lança pacote para informais, mas prevê corte salarial
Câmara aprova de estado de calamidade pública , e texto vai ao Senado. Ministério da Economia prevê renda mínima de 200 reais para autônomos
O presidente Jair Bolsonaro tenta recalcular a rota de reação à crise do coronavírus, que o expôs, pela primeira vez, a uma bateria de panelaços como sinal de descontentamento. Nesta quarta, o presidente mudou sua conduta e disse que sempre se preocupou com o avanço da doença, que chamava de “fantasia”. Também endossou um pacote econômico para proteger uma fatia da população até então ignorada nas medidas de ajuda: os 38 milhões de trabalhadores informais, ainda que também tenha proposto que empregadores possam reduzir salários durante a emergência.
A situação que se desenha não é fácil. Na espiral da pandemia, o juro mais baixo no Brasil (a Selic foi cortada mais uma vez) encontra o dólar mais caro da história, a 5,20 reais. Comparada a outras divisas dos países emergentes, o real é hoje a que mais se depreciou em 2020. A turbulência, ao que parece, está só começando. Mais importante Estado do país, São Paulo é o epicentro da crise, com quatro mortos, e entra em contagem regressiva para fechar o comércio. Enquanto isso, o Ministério Público pede medidas mais enérgicas e já para conter os contágios.
Ainda nesta edição, o colunista Jamil Chade escreve sobre como, em exílio, mundo é obrigado a se repensar suas prioridades, seus líderes e seu destino. "A pandemia testará nossa confiança na ciência e coloca em xeque a relação entre lideranças políticas e seus cidadãos, justamente no momento em que essa relação está corroída", escreve. E questiona "Temos como construir uma geração fincada na responsabilidade social?".
Bolsonaro muda reação à Covid-19 com pacote de renda mínima para informais |
Câmara aprova de estado de calamidade pública, e o texto é encaminhado para apreciação do Senado. Governo prevê renda mínima de 200 reais para autônomos |
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