miércoles, 11 de diciembre de 2019

Recuo sobre Paraisópolis opõe João Doria ao bolsonarismo radical | Brasil | EL PAÍS Brasil

Recuo sobre Paraisópolis opõe João Doria ao bolsonarismo radical | Brasil | EL PAÍS Brasil

Um gesto de João Doria nesta terça-feira levantou uma barreira entre sua figura, a mais à direita do PSDB, e o bolsonarismo radical que ajudou a elegê-lo. O governador de São Paulo recuou em relação a sua defesa intransigente da Polícia Militar e resolveu afastar das funções de rua 32 agentes envolvidos na ação em Paraisópolis que resultou em nove mortos pisoteados no baile funk Dz7 —ele já havia afastado outros seis. A guinada do tucano veio após conversa dele, no dia anterior, com os parentes dos nove jovens que perderam a vida, relata a reportagem de Gil Alessi. O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, protestou, mas não apenas ele. "Governador, pare de jogar a culpa pelo que aconteceu [em Paraisópolis] na Polícia Militar”, disse Ernesto Puglia Neto, secretário-geral da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar.
Na Argentina, foi um dia de troca no poder. Alberto Fernández e sua vice, Cristina Kirchner, tomaram posse como presidente e vice do país vizinho tendo enormes desafios econômicos pela frente e enviando recados de conciliação, conta Enric González, de Buenos Aires. Além de dizer aos credores que a Argentina não estava em condições de honrar suas dívidas, o peronista fez questão de estender pontes com o Brasil, dizendo que "a irmandade histórica de nossos povos é mais importante do que qualquer diferença pessoal de quem governa."
Outro destaque da edição é a reportagem de Miguel Ángel Criado sobre um estudo que pode ajudar a explicar a menopausa entre fêmeas de algumas espécies —além dos humanos, ela só acontece nos cetáceos dentados: golfinhos, belugas, narvais e orcas. Pesquisadores norte-americanos e britânicos analisaram durante quase 50 anos duas populações de orcas sedentárias que vivem nas costas ocidentais do Canadá e dos EUA e chegaram a uma conclusão curiosa: esses animais vivem mais quando têm avós. “Esse novo trabalho mostra pela primeira vez que as avós pós-reprodutivas aumentam a sobrevivência de seus netos. Essa nova descoberta poderia explicar por que as fêmeas vivem tanto tempo depois de chegar à senescência reprodutora”, diz o professor Darren Croft. É mais um passo na confirmação da chamada hipótese da avó: ao se livrar da reprodução, elas podem ajudar a criar os filhos de seus filhos.
Recuo sobre Paraisópolis opõe João Doria ao bolsonarismo radical

Recuo sobre Paraisópolis opõe João Doria ao bolsonarismo radical
Decisão de afastar 38 policiais que participaram da ação que deixou nove mortos em comunidade de São Paulo é mais um aceno do tucano à moderação

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