O aumento da superfície queimada na Amazônia, a maior em 11 anos, suscitou críticas mundiais às políticas ambientais realizadas pelo Governo do ultradireitista Jair Bolsonaro. Em entrevista ao EL PAÍS, seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que está em Madri para participar da COP25, conferência do clima da ONU, afirma que respeitará as decisões dos indígenas, mas não poupa críticas a grupos que, segundo ele, são os que estão decidindo pelos povos originários da floresta. Na cúpula, o ministro espera conseguir mais financiamento para a conservação da Amazônia.
Em Brasília, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta terça-feira que assinaturas eletrônicas podem ser usadas para formalizar a criação de partidos políticos no Brasil. A decisão apertada, por 4 votos a 3, não definiu quando a nova regra começará e se estará disponível antes das eleições municipais de 2020. A reportagem de Afonso Benites explica que, ainda assim, o desfecho beneficia o Aliança pelo Brasil, partido que Jair Bolsonaro pretende fundar. Benites ainda analisa a situação legal de metade da cúpula da nova legenda: lavagem de dinheiro, corrupção e violência de gênero são acusações que pesam contra os dirigentes.
Em São Paulo, uma reportagem de Gil Alessi mostra que a ação da Polícia Militar na favela de Paraisópolis, que terminou com nove jovens mortos no dia 1º, seguiu o mesmo modus operandi de uma série de iniciativas do contingente para reprimir bailes funk nas periferias do Estado. Batizadas de Operação Pancadão, foram realizadas mais de 7.500 ações do tipo entre janeiro e dezembro deste ano, com um saldo de "1.275 pessoas presas e mais de 1,7 tonelada de drogas apreendidas", segundo a Secretaria de Segurança Pública. A comoção em torno do caso pressiona o governador João Doria, que está com popularidade em queda.
Operações em bailes funk de São Paulo já somam mais de 1.000 presos |
"Os próprios manuais da Polícia Militar dizem que a avaliação de rota de fuga é pré-requisito para fazer ações de contenção”, critica especialista |
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