martes, 22 de octubre de 2019

Piñera reage a protestos no Chile: “Estamos em guerra” | Internacional | EL PAÍS Brasil

Piñera reage a protestos no Chile: “Estamos em guerra” | Internacional | EL PAÍS Brasil

O levante popular contra o aumento do preço das passagens do metrô no Chile evoluiu para uma sangrenta crise que já deixa ao menos oito mortos (a imprensa chilena já fala em dez vítimas), mais de 716 pessoas detidas e vários feridos durante as manifestações que começaram na última sexta-feira e se estenderam pelo fim de semana. Embora o Governo tenha anunciado que suspenderia o aumento da passagem do metrô —de 800 para 830 pesos (4,65 para 4,81 reais)— e convocaria uma mesa de diálogo “ampla e transversal” para encontrar respostas a “reivindicações tão sentidas como o custo da vida” da população, a tensa situação no Chile parece estar longe de um desfecho. O presidente Sebastián Piñera decretou toque de recolher nas cidades de Santiago e Valparaíso, e colocou os militares na rua, entre as 22h e 7h, e colocou o Exército nas ruas após Santiago amanhecer com 41 estações de metrô destruídas. A última vez em que havia sido decretado toque de recolher no Chile foi em 1987, nos últimos anos de ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Diferentemente daquela época, hoje a população parece não ter medo da autoridade militar. “Estamos em guerra contra um inimigo poderoso, que está disposto a usar a violência sem nenhum limite”, afirmou o Piñera ao se pronunciar na noite de domingo sobre os incidentes, pondo o foco da crise no vandalismo que marcaram estas jornadas, e não nas reivindicações sociais que motivaram paralelamente os protestos pacíficos, conforme conta a correspondente Rocío Montes.
 Já na Bolívia, o presidente Evo Morales caminha para enfrentar um inédito segundo turno desde que assumiu o poder. Os resultados preliminares das eleições gerais na Bolívia indicam, pela primeira vez, um desempate. O voto reflete uma diminuição no apoio ao primeiro presidente indígena do país, que governa desde 2006 e concorreu nas eleições apesar de ter perdido um referendo sobre reeleição indefinida. Os dados mais atuais da contagem de votos apontam que Morales deve enfrentar o ex-presidente Carlos Mesa em um segundo turno, previsto para 15 de dezembro. O correspodente Francesco Manetto explica o cenário político boliviano.
E ainda nesta edição, o jornalista Jamil Chade analisa o atual cenário de descontentamento popular pelo mundo, que motiva manifestações na Espanha, no já mencionado Chile e em Quito. "Uma década depois da pior crise do capitalismo, até mesmo o Fórum de Davos admite que o resgate de 10 trilhões de dólares ao sistema econômico foi ineficiente e, agora, a desigualdade ameaça as democracias", escreve.
Sebastián Piñera reage aos protestos no Chile: “Estamos em guerra”



Sebastián Piñera reage aos protestos no Chile: “Estamos em guerra”
Presidente põe o foco nos incidentes de vandalismo e não nas reivindicações sociais que motivaram o levante que já deixou ao menos 8 mortos

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