O voto considerado chave no principal julgamento do ano no Supremo, o da ministra Rosa Weber, sinaliza que o STF pode, por placar final de 6 a 5, reverter posição atual e se posicionar contra a prisão após a condenação em segunda instância. Caso se confirme este cenário, a decisão pode beneficar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva. O julgamento, entretanto, foi suspenso e a sessão deve ser retomada em novembro. A reportagem do correspondente em Brasília Afonso Benites detalha o debate entre os ministros da Corte e explica que a expectativa agora é a respeito de proposta intermediária a ser feita pelo ministro Dias Toffoli, presidente do STF.
E ainda nesta edição, a colunista Eliane Brum defende a liberdade do ex-presidente Lula, preso há mais de um ano. Contudo, pondera: "É fundamental, porém, fazer uma distinção. Como qualquer brasileiro, Lula tem direito à justiça. Mas Lula não tem direito aos seus próprios fatos." Em artigo que destacamos nesta edição, a jornalista centra o debate sobre outro aspecto da história recente, a construção da usina de Belo Monte, chamada de “um crime contra a humanidade” pelos povos do Xingu. "Como Lula trata Belo Monte, uma obra que nem a ditadura conseguiu construir devido à resistência dos movimentos sociais e dos povos do Xingu, mas o PT sim, porque traiu seus aliados?", questiona.
E a Espanha encerrou um capítulo de sua própria história nesta quinta. Após quatro décadas, o país exumou o corpo de Francisco Franco, saldando a dívida pendente no monumento funerário Vale dos Caídos, um mausoléu de Estado para um ditador e uma anomalia internacional apontada por relatores da ONU que visitaram o local, com o qual Franco queria "desafiar o tempo e o esquecimento”. A reportagem de Natalia Junquera Añón explica a simbologia da exumação.
No STF, Rosa Weber vota contra prisão em 2ª instância e anima lulistas |
“Goste eu pessoalmente ou não, esta é a escolha político-civilizatória manifestada pelo poder constituinte", afirmou a ministra. Placar parcial é de 4x3 para a detenção antes de se esgotarem os recursos |
No hay comentarios:
Publicar un comentario