Depois do Peru, agora é a vez do Equador ser sacudido pela instabilidade política. Nesta quinta-feira, o Governo equatoriano decretou o estado de exceção para enfrentar os protestos causados pela alta do preço do combustível, após a retirada de um subsídio estatal. Não há transporte no país, as aulas foram suspensas desde quarta. Na manhã seguinte, os manifestantes elevaram o tom dos protestos, queimando pneus para bloquear ruas e estradas em várias cidades. A repórter Sara España conta os desdobramentos da situação. De Lima, os repórteres Francesco Manetto e Jacqueline Fowks relatam que a crise política desencadeada pelo embate entre o presidente Martín Vizcarra e o Legislativo, controlado pela oposição, arrefeceu. Houve dissolução do Congresso e a convocação de eleições legislativas. A bancada fujimorista e seus aliados de direita tentaram rebater a ação destituindo o presidente e empossando a vice-presidenta Mercedes Aráoz. Mas, a manobra fracassou. Aráoz renunciou abrindo caminho para a realização de novas eleições.
No Brasil, a Operação Lava Jato mostra que, mesmo contra as cordas, está longe de estar neutralizada. O Ministério Público de São Paulo e a Polícia Federal deflagraram uma operação contra um fundo de investimento ligado ao BTG Pactual, do banqueiro André Esteves, investigado por suspeitas de uso de informação privilegiada, corrupção e lavagem de dinheiro levantadas na delação do ex-ministro Antônio Palocci. O BTG é apenas uma das instituições financeiras citadas pelo petista, que teve a proposta de colaboração negada pela força-tarefa de Curitiba. Palocci acabou fechando acordo com a Polícia Federal para detalhar ilícitos durante sua atuação no governos do PT, em troca de redução de pena.
Também sob os ecos da Lava Jato, a Odebrecht corre o risco de encerrar suas atividades em definitivo depois que a Caixa, uma das principais credoras da empreiteira, solicitar sua falência.
Delação de Palocci municia novo cerco da Lava Jato ao BTG de André Esteves |
Colaboração rejeitada pela força-tarefa de Curitiba, mas aceita pela PF e homologada pela Justiça, diz que fundo ligado a banqueiro recebeu informação vazada do BC para lucrar com taxa de juros |
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