Famoso pelo combate à corrupção e por colocar poderosos atrás das grades —dentre eles o ditador chileno Augusto Pinochet—, o jurista espanhol Baltasar Garzón afirmou ao EL PAÍS que “o Direito está sendo usado para fins de perseguição política no Brasil e no mundo”. Embora tenha se notabilizado por suas batalhas jurídicas que inspiraram magistrados em vários países, como o próprio Sergio Moro, Garzón amargou, em 2010, a perda de direitos de exercer a magistratura por 11 anos. Reinventou-se como defensor de figuras consideradas malditas nos EUA, caso de Julian Assange e Edward Snowden, e tornou-se uma das vozes mundiais que defendem o ex-presidente Lula. Em entrevista à Carla Jiménez, ele dispara contra a ação conjunta dos procuradores da Lava Jato e de Moro no processo do petista: “A partir do momento em que há essa interconexão, a credibilidade sobre a imparcialidade se perde”, afirmou
E ainda nesta edição, o futuro do ex-presidente e de outros quase 5.000 presos segue na dependência de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. A Corte voltou a se debruçar sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância e encerrou a sessão desta quarta com o placar de três ministros a favor da prisão após a condenação em segundo grau e um contra, conforme relata o correspondente em Brasília, Afonso Benites. O julgamento deve ser retomado na tarde desta quinta-feira, a partir das 14h.
Em Pernambuco, o repórter Felipe Betim fala sobre os desafios do combate à contaminação das praias por óleo. Enquanto voluntários sujam as mãos na tentativa de limpar as areias, comerciantes locais tentam minimizar prejuízos econômicos à região, notório polo turístico do país.
Garzón: “O Direito está sendo usado para perseguição política no Brasil” |
Jurista espanhol, que ficou famoso por deter o ditador Augusto Pinochet em Londres, diz que fenômeno é mundial e afirma que Lula é uma das vítimas |
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