viernes, 27 de diciembre de 2019

Criação do juiz de garantias indispõe Bolsonaro e base e abre debate sobre implementação | Brasil | EL PAÍS Brasil

Criação do juiz de garantias indispõe Bolsonaro e base e abre debate sobre implementação | Brasil | EL PAÍS Brasil

O Brasil tem 30 dias para implementar uma pequena revolução em seu Judiciário, com a  criação da figura do juiz de garantias, prevista no pacote anticrime aprovado pelo Congresso e sancionado por Jair Bolsonaro na véspera de Natal. A reportagem de Gil Alessi explica como esta mudança foi, na prática, uma derrota para o ministro da Justiça, Sergio Moro, na esteira das críticas quando à frente da Lava Jato, e a reboque das revelações das mensagens privadas obtidas pelo The Intercept. Enquanto parta da base bolsonarista acusava Bolsonaro de ser "traidor" por não vetar a medida, o presidente usou a transmissão ao vivo no Facebook desta quinta para promover Moro como candidato em 2022. O debate sobre o juiz de garantia, no entanto, vai muito além da base bolsonarista e entra no campo da constitucionalidade da medida e sua viabilidade econômica. 
Bolsonaro também atraiu os holofotes ao editar uma medida provisória que abre caminho para institucionalizar sua prática recente de vetar o vencedor da lista tríplice apresentada pelas universidades para nomeação de reitores. A reportagem de Breiller Pires conta que, sem a obrigação de o presidente escolher o mais votado entre a comunidade universitária, instituições federais temem o aparelhamento das universidades por aliados de Bolsonaro.
Ainda nesta edição, contamos a saga de três traficantes que passaram 26 dias num submarino com cocaína que atravessou 3.000 km pelo Brasil. A embarcação, com três toneladas de droga, saiu de Letícia, na fronteira com a Colômbia, viajou pelo rio Amazonas e pelo Atlântico até chegar na costa ibérica, onde abortou a missão. A reportagem especial é de Patrícia Ortega Dolz, Nacho Carretero, Artur Galocha e Mariano Zafra.
E de Portugal, Javier Martín relata a ascensão do partido de extrema direita Chega, criado há seis meses por André Ventura, de 36 anos, que não se importa com o rótulo de ultradireita, mas não deixa de negociar com comunistas e socialistas portugueses no Parlamento.
Criação do juiz de garantias indispõe Bolsonaro e base lavajatista

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