O Governo de Jair Bolsonaro estuda reeditar o decreto da gestão Michel Temer que pretendia extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), uma floresta preservada de 46.450 quilômetros quadrados localizada nos Estados do Pará e do Amapá, no Norte do Brasil. O objetivo é permitir a exploração mineral de parte dessa área, que equivale à metade de Portugal. Em 2017, Temer chegou a liberar a exploração, mas acabou recuando por causa da pressão da opinião pública contra a ideia. “Almocei com o presidente na semana passada e ele me falou que mandou fazer os estudos”, afirmou ao EL PAÍS o vice-líder do Governo no Senado, Lucas Barreto (PSD-AP). Dois assessores com acesso ao Palácio do Planalto confirmaram a versão do senador ao repórter Afonso Benites.
Nesta quinta-feira, o Reino Unido vai às urnas tentando resolver o drama político do Brexit. De um lado está o premiê conservador Boris Johnson, pró-saída da União Europeia. Do outro, o trabalhista Jeremy Corbyn, que não vive seu melhor momento de popularidade, mas resolveu trazer uma plataforma muito mais ampla para a campanha, como combate à desigualdade. Do resultado, além dos próximos capítulos do Brexit, virão definições também sobre o NHS, o célebre sistema de saúde britânico, que sofre com a saída de profissionais da UE. A reportagem é de Cristina Galindo.
Também nesta edição, contamos como a demanda da China impulsionou o mercado de caça e abate de jumentos no Nordeste. Por trás do negócio em pleno boom há uma cadeia de atravessadores e denúncias de maus tratos. O apelo pelo jumento existe porque o país asiático tem interesse, principalmente, no couro do animal —matéria-prima para a produção do Ejiao, uma gelatina usada na medicina e em cosméticos chineses.
| Bolsonaro estuda reabrir exploração de minério em reserva da Amazônia |
| A Renca, no Amapá e no Pará, tem área de meio Portugal e já esteve na mira de Temer. “Somos escravos ambientais”, reclama vice-líder do Governo, enquanto oposição fala em sequestro da floresta amazônica |
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