Rodrigo Maia: “Todos precisam ajudar a resolver esse colapso social em que o Brasil entrou há alguns meses”
Após liderar a vitória em primeiro turno com a reforma da Previdência, o presidente da Câmara diz ter pressa por uma agenda de respaldo aos mais vulneráveis e medidas de estímulo à economia. Para ele, Bolsonaro melhorou a relação com o Congresso
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em Brasília C.GOMES
Rodrigo Maia (Santiago do Chile, 1970) se projetou, com a aprovação em primeiro turno da reforma da Previdência, como um forjador de consensos no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados logrou um respaldo esmagador à aprovação inicial do projeto estrela do Governo Bolsonaro, uma profunda reforma previdenciária que pretende cercear privilégios e distribui sacrifícios para todos os grupos na tentativa de reduzir o déficit da Previdência. Prevê uma economia de quase 1 trilhão de reais na próxima década, mais 200 bilhões fruto de combate à fraude no sistema. O respeito conquistado mexe com ele, mas não a ponto de se projetar para voos mais altos, como uma candidatura à presidência da República, ao menos por enquanto. Prefere se colocar no plano coletivo de representar os 513 deputados. Em 2018, sua pré-candidatura para a corrida presidencial minguou por falta de apoios.
Maia, que se diz um político de centro-direita e poderia encarnar a tão desgastada velha política por ser filho de um ex-prefeito do Rio e agora vereador, Cesar Maia, esboça o discurso do homem de Estado que zela pelas instituições frente aos ataques de seguidores do presidente Bolsonaro contra o Congresso e o Supremo. Deputado por seis legislaturas, é hoje a terceira autoridade do Estado. A relação dele com Jair Bolsonaro, que arrancou com um sonoro choque, está num momento mais cordial. Nascido no exílio durante a ditadura brasileira, Maia recebeu nesta quarta o EL PAÍS em sua residência oficial em Brasília.
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